Sindmat busca esclarecimentos junto à Rota do Oeste
Transportadores de Cargas de Mato Grosso participaram na noite desta quarta-feira (29) de reunião com a concessionária Rota do Oeste, empresa da Odebrecht. Empresários transportadores puderam tirar dúvidas sobre a concessão da BR-163 e instalação das praças de pedágios ao longo de 850,9 quilômetros da rodovia federal. A reunião foi organizada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat) e realizada no Sest/Senat, em Cuiabá. Os transportadores direcionaram questionamentos ao diretor-geral da Rota do Oeste, Paulo Lins e ao diretor de Operações, Fabio Abritta. Os dois gestores apresentaram o passo-a-passo dos trabalhos da concessionária até a instalação das praças de pedágio.
Segundo Lins, a Rota do Oeste tem que duplicar 45 quilômetros, ou seja, 10% da obra total que compete à concessionária, e construir as 9 praças de pedágios. Lins explicou que independente da conclusão das obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a partir da conclusão da parte de responsabilidade da Odebrecht, todas as praças de pedágios serão instaladas.
Lins destacou as melhorias já realizadas na rodovia Imigrantes, que liga as regiões sul e norte de Mato. Os empresários reconheceram a importância das obras feitas, mas explicitaram que a duplicação dessa pista com extensão de aproximadamente 26 quilômetros é essencial. A previsão é que a duplicação da via se dará em até três anos.
Favio Abritta lembrou que o período chuvoso inibe as obras de duplicação, tanto as realizadas pelo DNIT, bem como nos trechos da Rota do Oeste. Entretanto, garantiu que os trabalhos de manutenção não paralisarão.
Outro esclarecimento importante foi sobre a responsabilidade de manutenção dos trechos do DNIT. Conforme os trechos forem entregues à nossa empresa com a qualidade prevista em contrato, passaremos a assumir a manutenção dos mesmos, disse. O DNIT tem 60 meses para concluir obras em 400 quilômetros.
Perguntado sobre a segurança na rodovia, Abritta pontuou que serão instaladas 500 câmeras para monitorar o trânsito e que o objetivo também é realizar um trabalho em parceria com as polícias, principalmente a Polícia Rodoviária Federal. Lins citou que 6 postos de pesagem serão implantados. Para os transportadores, o assunto merece maior atenção e a Rota do Oeste se prontificou em organizar novas reuniões para falar especificamente sobre o tema.
A necessidade de um rodoanel contornando Cuiabá foi lembrada, bem como foi externada a preocupação com a falta de pontos de parada para motoristas. A Rota do Oeste esclareceu que estes pontos para descanso não estão previstos no contrato e que a tendência é que as áreas sejam assumidas pela iniciativa privada, como, por exemplo, postos de combustíveis com amplo estacionamento.
Os transportadores presentes evidenciaram apreensão quanto ao custo dos pedágios. A Rota do Oeste defendeu que os valores cobrados nas praças serão compensados pela qualidade dos pavimentos, maior segurança e redução da manutenção nos caminhões.
O presidente do Sindmat, Eleus Vieira de Amorim, após agradecer a presença de todos, ressaltou que a reunião é a segunda realizada com a Rota do Oeste e que o setor de transporte irá solicitar novas com o objetivo de saber sobre o andamento das obras e cumprimento do contrato de concessão. A busca de mais informações também deve ocorrer junto ao DNIT.
Também participaram da reunião diretores do Sindmat, transportadores associados ao sindicato, o diretor de relações institucionais da Rota do Oeste, Aderbal Vieira, e o vereador por Cuiabá, Renivaldo Nascimento.
Simone Alves Ass. de Comunicação Sindmat 65 9916-5005- Data: 30/10/2014
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