Câmara Federal debate ações contra o roubo de cargas

Diretores do Sindmat estiveram na Câmara dos Deputados, em Brasília, em 12 de novembro, para debater ações para o combate ao roubo de cargas. Veja vídeo produzido pelo Domingão do Caminhão abaixo.

O presidente do Sindmat, Eleus Vieira de Amorim, Douglas e Claudio Rigatti, participaram de audiência pública que debateu as consequências dos elevados índices de roubo de cargas no País. Também foi abordada a possibilidade de ações para aumentar a segurança no transporte de bens e reduzir o crime organizado do segmento.

Especialistas em segurança e representantes do setor de transportes cobraram do Congresso e do governo federal urgência na regulamentação da Lei Complementar 121/06 para facilitar o combate ao roubo (ação armada) e ao furto de cargas no País.

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que sugeriu a audiência, quer dar continuidade a debates realizados em algumas edições do Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas, promovido anualmente pela comissão, em conjunto com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) e a Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas (Fenatac).

De acordo com o assessor de segurança da NTC&Logística, Coronel Paulo Roberto de Souza, a realidade atual é preocupante. “Em 2013, foram registrados 15,2 mil casos de roubos de cargas no País, sendo a maior concentração em São Paulo (51%) e no Rio de Janeiro (23,3%)”. Segundo Souza, as cargas mais visadas são eletrônicos e produtos farmacêuticos. Diante da gravidade do cenário, que teria somado prejuízos de mais de R$ 1 bilhão no ano passado, os deputados Diego Andrade (PSD-MG) e Vanderlei Macris (PSDB-SP) criticaram a ausência do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, na reunião proposta pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). Receptação Durante a audiência, o delegado de Polícia do Estado de São Paulo, Renato Marcos Porto, destacou outras alterações importantes na legislação, como o aumento de penas para os crimes de roubo e receptação e ações integradas dos órgãos de segurança pública. “Enquanto houver quem compre, haverá quem roube”, argumentou Porto, explicando que atualmente a pena para receptação é de até 4 anos, passível de liberdade por meio de fiança. O delegado propôs inclusão da alteração na Reforma do Código Penal (PLS 236/12), em discussão no Congresso. Já o chefe da Divisão de Combate a Crimes Contra o Patrimônio da Polícia Federal (PF), Luis Flávio Zampronha, destacou o alto índice de impunidade desses crimes e afirmou que, apesar de a PF ter competência para em crimes em que há repercussão interestadual, o órgão vem focando em quadrilhas com maior potencial ofensivo, devido à sua estrutura reduzida e à dificuldade de dados atualizados sobre as ocorrências. Zampronha ainda considerou importante tratar os crimes de roubo e furto de cargas também sob o ponto de vista do sistema tributário. “Na Europa, praticamente não existe roubo de carga, porque lá é muito difícil uma empresa internalizar no seu estoque produtos de procedência duvidosa”, comentou. Com informações da Agência Câmara 12/11/2014
  • Data: 18/11/2014
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