Os dados de junho sobre o setor de distribuição de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros) apresentam números de emplacamentos distorcidos devido ao período de greve dos servidores do Detran-MT (Departamento de Trânsito de Mato Grosso).

Diversos serviços da autarquia tiveram os atendimentos interrompidos por um mês. No último dia 1º, os servidores decidiram em assembleia encerrar a greve da categoria para cobrar o pagamento da reposição da inflação de 2015. “Com a interrupção no fluxo de emplacamentos, não conseguimos mensurar corretamente, pois dependemos dos dados do Detran. Mas acreditamos que as vendas em junho se mantiveram estáveis em relação a maio”, comenta do presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave - Regional Mato Grosso), Manoel Guedes.

Em maio, foram emplacadas 6.453 unidades. Foram 2.972 unidades de automóveis e comerciais leves; 124 caminhões e 4 ônibus; 2.987 motos; 176 implementos; e 190 outras unidades.

Acumulado do ano

De janeiro a junho (lembrando que os dados de junho não mostram a realidade), foram comercializados 35.464, sendo que no mesmo período de 2015 as vendas alcançaram 50.343. Portanto, neste ano a queda é de 29,5%.

Os dados do segmento de automóveis e comerciais leves mostram queda de 29,6%. Em 2015, foram emplacados 24.638 contra 17.340 veículos em 2016.

No segmento de caminhões e ônibus a queda é ainda maior (-33,82%), saindo de 884 unidades em junho de 2015 para 585 neste ano.

As vendas de motocicletas no primeiro semestre fecharam em 15.915, sendo que no ano passado foram comercializados 23.112 unidades. Desta forma, uma queda de 31,1%.

Números animadores no setor de implementos que registra aumento de 5,83%. No primeiro semestre deste ano foram vendidas 690 unidades contra 652 em igual período de 2015. Contudo, esse segmento representa menos de 2% de participação no mercado.

Para o presidente da Fenabrave-MT, apesar dos números incompletos, nota-se uma melhora nos índices de confiança tanto por parte de consumidores como dos investidores. “Mas não imaginamos grandes mudanças nos números, pois o país ainda não superou a crise política e econômica”, comenta Guedes.

Fenabrave-MT

• Data: 06/07/2016
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