IMPACTOS DA CRISE NO SETOR
CAMINHÕES ESPERAM ATÉ DEZ DIAS PARA FAZER NOVAS ENTREGAS
Fonte: Bom Dia Brasil 11/3/2009
Um sobrevoo por São Paulo mostra a imagem do tamanho da crise na economia no Brasil. Dizem que a riqueza do país corre sobre rodas, em caminhões. Então, quando se vê centenas desses caminhões parados, é porque alguma coisa não vai bem. Depois do Natal, a situação complicou muito.
Nas agências de cargas, existem poucas oportunidades para tanta gente. São mais de 800 caminhões parados e caminhoneiros à espera de um frete que compense a viagem. Quando eles são autônomos, o valor do frete tem que pagar também o diesel, o pedágio e a manutenção do caminhão. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros, José Fonseca Lopes, muitos deles já estão com o nome sujo e precisando devolver o caminhão, comprado com financiamento, porque não conseguem pagar as parcelas.
Isso é mesmo reflexo da crise, porque, com a desaceleração da produção, eles não têm matéria-prima para transportar e muito menos produto para entregar. O terminal não tem condições de higiene ou de segurança para todos eles. O chão é de terra batida. Com o calor que tem feito em São Paulo nos últimos dias, tem muita poeira. A condição é insalubre para a saúde das pessoas. Não há sanitário para todo mundo, e ainda é preciso pagar R$ 2,50 para usar o banheiro.
Já aconteceram assaltos. Enquanto as pessoas estão aguardando uma nova oportunidade, o número de caminhões não tem diminuído. Pelo contrário, estão chegando mais veículos que já ocupam as regiões internas desse parque. É um cenário preocupante.
Terminais de carga, como esse, foram criados em São Paulo para evitar que os caminhões entrassem na cidade e parassem nas ruas. Mas não têm estrutura para abrigar os caminhoneiros por muito tempo.
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- Data: 17/07/2014
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