Atoleiros Afetam Transporte da Produção de Soja
Os caminhoneiros que trabalham pelas estradas de Mato Grosso estão perdendo quatro dias para percorrer 60 quilômetros. Além disso, eles têm que descer do carro para consertar a pista.
Para percorrer 76 quilômetros da estrada de chão os motoristas estão gastando dias. “Atola, desatola, fizemos 60 km em 4 dias", afirma Edson Rolim , caminhoneiro.
Dez horas de chuva deixaram a rodovia estadual MT-235, entre Campo Novo do Parecis e Sapezal, na região sudoeste de Mato Grosso, intransitável.
Em um trecho a chuva abriu uma cratera que bloqueou a passagem. Os caminhoneiros tiveram que passar a noite no local. "Praticamente dois dias sofrendo, passado passando fome, tamo sem água, quase bebendo água da lama", declara Lauri Fortunato da Silva, caminhoneiro.
Quando para de chover e o sol aparece os motoristas aproveitam para continuar a viagem, o problema é que eles não conseguem andar muito. Com a passagem deles por aqui, os buracos aumentam ainda mais e os caminhões ficam presos na lama.
Um fazendeiro da região emprestou um trator para auxiliar os motoristas. Numa operação de emergência eles tentaram abrir caminho. A primeira carreta passou, mas a que vinha atrás não conseguiu.
Caminhão parado no atoleiro é prejuízo diário. “R$ 700, R$ 800", diz um Fernando Rozina, caminhoneiro.
A MT-235 é importante via de escoamento da soja produzida na região sudoeste de Mato Grosso, mas sem asfalto e com chuva, trafegar pela estrada se transformou uma questão de sorte.
“Até as máquinas saíram daqui, abandonaram a estrada, abandoram a gente", diz Antonio de Souza Lima, caminhoneiro.
Pra quem está na rodovia enfrentar a lama só mesmo com a solidariedade dos funcionários das fazendas da região, mas se chover novamente, a volta pra casa é incerta.
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- Data: 17/07/2014
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