Segmentos de Combustíveis e Transportadoras rejeitam proposta de aumento no Fethab
Revendedores de combustíveis e transportadores de cargas rejeitaram a primeira proposta do governador Pedro Taques para contribuição ao fundo emergencial para estabilização fiscal do Estado. O Poder Executivo tem dialogado com diversos setores em busca de recursos para fluxo de caixa. Na tarde desta sexta-feira (23), no Palácio Paiaguás, foi a vez do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustiveis de Mato Grosso (SIndipetróleo) e do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas (Sindmat). Segundo Taques, a finalidade dos recursos é exclusiva para pagamento de fornecedores e com isso continuar pagando salários dos servidores. O Sindipetróleo, em grande comitiva, propôs medidas alternativas para aumentar a arrecadação de impostos no setor de combustíveis. Uma delas é a criação da delegacia especializada em combustíveis e no combate ao roubo de cargas, esperada há 12 anos. "Inibir a sonegação no setor é uma altenativa para garantir pagamentos de impostos, ou seja, mais recursos no caixa do governo. Não há mais espaço para reajustes nos preços dos combustíveis. Entendemos a preocupação do governo, porém os empresários e os consumidores não suportariam", afirmou o presidente do Sindipetróleo, Aldo Locatelli. Ele enfatizou a preocupação da revenda e do transporte com qualquer incremento na arrecadação por meio do aumento de tributos sobre combustíveis. No caso da atual proposta, o aumento seria no Fethab do diesel que é insumo básico no agronegócio e de elevado custo para o transporte de cargas. É preciso levar em consideração que o diesel move tudo, desde o transporte dos insumos à operação. É o que move a economia de Mato Grosso", disse Locatelli. Taques garantiu que na segunda-feira encaminhará para Assembleia Legislativa projeto de lei que prevê a criação da delegacia. Disse também que manterá sua postura de ouvir antes de qualquer decisão final. "Estou colocando em risco meu capital político. Mas estou certo de que tais medidas são necessárias para que o Estado se mantenha com pagamentos em dia", pontuou o governador. Uma nova reunião deverá ocorrer para a discussão de outras propostas. "Estamos abertos à discussão. Apenas iniciamos este diálogo. Sinalizamos com outras alternativas porque compreendemos as necessidades do Estado", disse o diretor-executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares Junior. Texto e foto: Simone Alves / Sindipetróleo
- Data: 24/02/2018
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