PREÇO DO FRETE SERÁ MANTIDO

O preço do frete cobrado para o transporte da produção agropecuária de Mato Grosso não sofrerá nenhuma redução com a queda de 9,6% no valor do óleo diesel nos postos (15% nas refinarias), anunciada na segunda -feira (8) pelo governo federal. A informação é do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de Mato Grosso (Sindmat), Antônio Carlos Deijani, ao afirmar que, mesmo com o diesel representando quase 40% do custo de um frete agrícola realizado no Estado, as empresas de transporte do segmento já precisaram absorver, nos últimos oito meses, um reajuste de 15% no custo do combustível, sem repassar este valor ao consumidor final.

 

 

Isso faz com que a redução de preço no óleo diesel anunciada ainda não seja suficiente para cobrir os impactos negativos de rentabilidade absorvidos pelos estabelecimentos de transporte de carga do Estado nos últimos meses. “Para que nós pudéssemos repassar esta queda no preço do combustível para o valor do frete cobrado do produtor, nós precisaríamos ter um percentual de redução no valor do óleo diesel bem maior do que o que nós tivemos, já que nós precisamos compensar o prejuízo que nós precisamos arcar, nestes último tempos”, declara Deijani.
 

 

O representante do Sindmat alega ainda que, para que o preço do frete realmente pudesse ser minimizado no Estado, além de uma maior redução no valor do produto, por parte do governo federal, também seria essencial que a reivindicação das empresas de transporte e dos produtores do Estado, de redução da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços ( ICMS), de 17% para 12%, fosse atendida.

 

“Esta redução no preço do óleo diesel representou um fôlego para o segmento de transporte do Estado, mas nós ainda estamos esperando que o governo reduza ainda mais o preço do combustível. Só assim poderemos repassar a queda para o valor do frete”, acrescenta o diretor executivo do sindicato, Gilvando Alves de Lima.
 

 

 

Ainda para a classe produtora do Estado, mesmo não podendo contar com uma redução no custo do frete rodoviário, utilizado pelo transporte integral de mais de 60% dos grãos escoados em Mato Grosso, a queda do preço do óleo diesel nas bombas de combustível do Estado pode gerar uma economia de até R$ 15,00 por hectare, durante o processo de cultivo e colheita dos grãos do Estado.
 

 

“Mesmo com um benefício reduzido, em função da manutenção do preço dos fretes no Estado, que representa um dos maiores custos operacionais de produção, poderemos contar com um diesel mais barato para abastecermos os tratores e demais maquinários da lavoura, já é uma ajuda importante para o setor”, informa o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Glauber Silveira.



Monica Alves, Reportagem Local
  • Data: 17/07/2014
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