Produção de veículos sobe 9,3% nos últimos 12 meses, mas cai em julho com crise na Argentina
A produção de veículos no Brasil somou 245,8 mil unidades em julho, um crescimento de 9,3% em relação a igual mês do ano anterior. Porém, motivada sobretudo pela crise da Argentina, principal destino internacional dos veículos brasileiros, o setor registrou queda de 4,1% em comparação ao volume produzido em junho. Os dados, divulgados nesta segunda-feira, 6, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), mostram também que, no acumulado do ano, o volume produzido atingiu 1,680 milhão de unidades, com alta de 13,0% em relação ao período equivalente de 2017. No acumulado do ano, o volume produzido atingiu 1,680 milhão de unidades, com alta de 13% em relação ao período equivalente de 2017 Foto: Washington Alves/Estadão Após temores de que os impactos da paralisação dos caminhoneiros levariam de dois a três meses para serem compensados, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, avalia que a recuperação ocorreu de maneira mais rápida do que esperado. "Os dados de julho indicam que os efeitos da greve foram superados", declarou, durante coletiva de imprensa. As montadoras criaram vagas de emprego após o resfriamento da atividade nos meses anteriores. Em julho, foram 546 postos de trabalho a mais. O saldo em 12 meses está positivo, com a criação de 5.252 vagas. Com isso, o setor encerrou julho com 132.021 funcionários, 0,4% a mais que em igual mês do ano passado. Argentina e México A queda de 4,1% da produção de veículos automotores na comparação entre os resultados de julho e junho de 2018 reflete o arrefecimento da demanda por carros brasileiros no exterior, explicou há pouco o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Antonio Megale. "No início do ano, tínhamos uma previsão de exportação de 800 mil unidades, que precisou ser revisada no mês passado para 766 mil diante da volatilidade no cenário internacional", comentou. Se confirmado, o desempenho representará alta de 4,5% ante o volume exportado em 2017. "As empresas já fizeram pequenos ajustes para atender à demanda de exportação. Os mercados consumidores, principalmente na América Latina, estão bastante voláteis", disse o executivo. As dificuldades estão relacionadas principalmente com as compras pela Argentina e México, disse Megale. Fonte: Estadão
  • Data: 06/08/2018
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