Rabello propõe isenção de pedágio para eixo suspenso no Estado

As rodovias mato-grossenses se encontram cada vez mais deterioradas pelo excesso de peso das carretas e caminhões que trafegam. Para mudar esse quadro e manter a conservação das estradas, o deputado Walter Rabello (PSD) apresentou projeto de lei que isenta o pagamento de tarifa de pedágio nas estradas estaduais o eixo suspenso de caminhão vazio. “É uma medida de inteira justiça para com esses trabalhadores caminhoneiros e empresários”, destacou o parlamentar.

Segundo Rabello, nos últimos anos, a carência de recursos públicos para a realização de investimentos em infra-estrutura levou à adoção de uma política de concessão de rodovias à exploração por parte da iniciativa privada, mediante a cobrança de pedágio.

“Tal movimento, viabilizou a implementação de melhorias importantes para a nossa malha rodoviária, mas trouxe também inconvenientes que só com o tempo estão sendo percebidos e corrigidos”, revelou ele. 

Na opinião do deputado, a justificativa para a cobrança de tarifa pedágio por eixo é justamente o fato de que quanto maior o número de eixos rodando, maior é o desgaste da superfície, porém, com os eixos levantados, evidentemente que o desgaste é menor, daí a necessidade de cobrança parcial, ou seja, levando-se em conta apenas os eixos que estão desgastando a rodovia. 

“Não é lícito cobrar por aquilo que não está sendo usado, uma vez que os eixos suspensos por certo não geram desgaste nas rodovias”, afirmou Rabello. 

Em alguns estados brasileiros essa tarifa não é cobrada há alguns anos, e Rabello se baseia nos argumentos de que a suspensão dos eixos é feita pelos motoristas quando viajam com o caminhão vazio, o que deixa o caminhão mais leve e, portanto, mais rápido. 

“Também o fazem para que o pedágio fique mais barato quando viajam sem carga”, apontou ele. Um dos Estados que cobra a tarifa do eixo suspenso é São Paulo. Naquela unidade federativa, a Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo) alega que os transportadores suspendiam os eixos quando se aproximavam das cabines de pedágio, mesmo quando a quantidade de carga exigia o reforço. 

Além de poder causar acidentes, essa prática precipita a deterioração do pavimento das pistas. Além disso, a cobrança já é feita nos pedágios das rodovias federais. 

Ass. AL
16/09/2013
Foto: Widson Maradona

  • Data: 17/07/2014
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