Um motorista de carretas ficou mais de 30 horas refém de um grupo de criminosos que roubou o veículo avaliado em R$ 400 mil e que não foi recuperado. O roubo começou às 10h do domingo (15), em um trecho da rodovia BR-364, na região da Serra de São Vicente. O refém só foi libertado por volta das 17h de segunda-feira (16), quando conseguiu uma carona e pediu ajuda em um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e depois conseguiu chegar em Cuiabá.

Segundo relato do motorista N., 45, ele conduzia o rodotrem Iveco sentido Rondonópolis para Cuiabá, quando foi interceptado por 2 criminosos, um deles portando arma de fogo. Os bandidos assumiram a direção e o colocaram atrás da cabine, com um cobertor sobre o corpo.
Ele estima que rodaram por mais 20 minutos até que foi deixado no cativeiro, no meio da mata. Foi mantido sob vigilância e a carreta foi levada pelos bandidos.

Segundo o proprietário do veículo, o empresário Adail Fogaça de França, 55, o funcionário na manhã de ontem não havia retornado para Cascavel (PR), sede da empresa. Disse que o veículo saiu do Paraná e iria buscar uma carga de soja e farelo em Lucas do Rio Verde (354 km ao
norte de Cuiabá). Informou que o veículo tem rastreador e que não suspeitou, a princípio, do roubo, quando viu que a carreta
estava na região de Rosário Oeste. Mas foi lá que o rastreador foi retirado e se manteve dando as coordenadas. Segundo o empresário, as últimas informações são que o cavalo do veículo teria passado por postos da PRF na região de Vilhena (RO), por volta das 4h de segunda-feira (16).
Adail lamenta a ação, pois possui 4 carretas e não tinha seguro do veículo
roubado. Segundo ele, apesar da grande oferta de trabalho em Mato Grosso, os riscos pela precariedade nas estradas e pela ação de quadrilhas praticamente inviabiliza os negócios. 

A Gazeta - 18/09/2013
Otmar de Oliveira/Arquivo

• Data: 17/07/2014
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